Perfumes! Perfumes! Perfumes! Quem não gosta deles? Não conheço ninguém que não tenha pelo menos um frasco que ame. Lembranças, amores, infância, saudade, tudo isso tem cheiros característicos e individuais para cada um de nós. Sim, nossa história tem cheiro!
Por isso, hoje venho falar da história do perfume, já que ele nos acompanha desde que nascemos até quando partimos. Preparados para uma viagem? Então, vamos lá?
O perfume foi criado há mais de três mil anos atrás, sendo remetido, até mesmo, aos mitos da criação. Os homens, há muitos anos, por meio da fumaça, invocavam os deuses, queimando ervas que propagavam diversos aromas. Neste contexto surgiu a palavra perfume, do latim “per fumum”, ou “através da fumaça”.
Os primeiros mestres em perfumaria surgiram na Índia e na Arábia, onde já havia sido criada a água de colônia, obtida pela maceração de pétalas de rosas. Como amantes da perfumaria, e entendedores de medicina e hábitos de higiene, esses mestres produziam substâncias advindas de plantas e animais, com finalidades cosméticas e terapêuticas.
No Egito, por volta do ano 2000 a.C., os unguentos começaram a ser usados por faraós e personalidades importantes. Logo, as pessoas queriam experimentá-los e, experimentando-os, gostavam muito, pois, além de ter o aroma agradável, ajudava a refrescar do calor demasiado do deserto.
“Protagonizada em 1330 a.C., a primeira greve da humanidade foi organizada pelos soldados liderados pelo faraó Seti I que, sabendo sobre a necessidade das essências refrescantes na região, pararam o fornecimento dos unguentos aromáticos. Tempo depois, (...), peões de Tebas revoltaram-se contra a escassez de unguentos e somente foram contidos pelo faraó Ramsés II” (InfoEscola).
Muslim e Avicenna, médico e químico persas, introduziram a primeira extração de óleos essenciais, utilizando a destilação com flores, da qual a eleita para estudo fora a rosa. Este método ainda é o mais usado nos dias atuais. Avicena “criou a Água de Rosas. Depois veio a Eau de Toilette, feita para a rainha da Hungria” (Sephora).
Alkindus, químico árabe, escreveu o primeiro livro sobre perfumes, intitulado “Livro da Química de Perfumes e Destilados”. Nestes escritos, constavam as fórmulas utilizadas para compor os óleos essenciais das fragrâncias, além de 107 receitas de perfumes. Este livro ainda é referência nos dias atuais e muitos objetos nomeados pelo químico, ainda são chamados como ele os batizou.
Durante a renascença, através da Espanha, foi que o perfume se difundiu e se popularizou na Europa. Todas as mulheres queriam ter o perfume, que, como artigo de luxo, possuía aroma agradável e frascos maravilhosos. Nesta época, a França, especialmente Paris, começou a tornar-se referência global nas artes da perfumaria.
Nos dias atuais, muitos perfumes são obtidos de forma sintética. O primeiro exemplar foi o Nº 5 da Chanel, que deu início ao uso dos aldeídos na fabricação de perfumes. Os aldeídos “são produtos sintéticos isolados desde cerca de 1850, de grande potência e poder de difusão, encontrados nas cascas de frutas cítricas” (1Nariz).
Hoje, os perfumes fazem parte do nosso cotidiano e existem muitas marcas especializadas, que continuam trabalhando para, cada vez mais, melhorarem a qualidade dos produtos. Todavia, “são necessários entre 6 a 18 meses para criar um perfume. É um período mágico em que as matérias primas se transformam em odor” (Sephora).
Beijinhos perfumados!!!
Beijinhos perfumados!!!
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